"Os que confiam no Senhor são como os Montes de Sião que não se abalam, mas permanecem para sempre."
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Ah, se todas as mães — e sogras — fossem como Maria!
Há uma grande diferença entre o que Maria representa para os católicos romanos e para nós, os evangélicos. Os primeiros, por valorizarem mais a tradição do que a Bíblia, asseveram que a mãe de Jesus permaneceu sempre virgem e a consideram mediadora entre Deus e os homens. Para nós, que temos a Bíblia como a nossa fonte primária de autoridade, ela não permaneceu virgem perpetuamente, posto que Jesus foi o seu primogênito, e não unigênito (Mt 1.25; 13.55).
Os evangélicos se baseiam na Bíblia, especialmente em 1 Timóteo 2.5 e João 14.6, para não acreditarem na mediação de Maria. Os aludidos textos asseveram que o Senhor é o único Mediador. Ela, como todos os seres humanos, nasceu em pecado (Rm 3.23) e precisava de um Salvador (Lc 1.46,47). Mas o fato de não aceitarmos os dogmas romanistas acerca da mãe de Jesus não significa que a desrespeitemos. Pelo contrário, conquanto não a deifiquemos, consideramo-la uma mulher virtuosa, portadora de inúmeras qualidades, as quais a tornam um paradigma para as mães da atualidade.
Maria era uma serva do Senhor (Lc 1.48), disposta a cumprir a sua Palavra (Lc 1.38). Isso parece pouco. Mas, quais são as mulheres da Bíblia que são chamadas textualmente de servas do Senhor? E, quantos hoje desejam obedecer aos princípios e mandamentos das Escrituras? Vemos muitos crentes determinando, decretando, dando ordens para Deus... Quem de fato deseja servi-lo, como fez a mãe de Jesus?
Não foi por acaso que o anjo do Senhor disse a Maria: “Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo” (Lc 1.28). Ela estava cheia! E isso não é um trocadilho com a sua gravidez. Ela estava cheia de fé, de alegria, como se depreende de seu cântico de louvor a Deus — o Magnificat —, e do Espírito Santo (Lc 1.39-49). Por essa razão, ao saudar a sua prima Isabel, a criancinha (João Batista) no ventre desta saltou. O encontro entre essas duas mulheres, aliás, antecipou o cumprimento da promessa do Senhor registrada em Mateus 18.20: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”.
Na verdade, aquele encontro contou com a presença de quatro pessoas cheias do Espírito: três servos e um Senhor! Isso mesmo. Além das duas gestantes, participaram do culto o Senhor Jesus e João Batista. Este, ao saltar no ventre de sua mãe, levou-a a chamar Jesus de Senhor (Lc 1.43). E, àquela altura da gravidez de Maria, Ele era apenas um ovo informe! Veja que grande resposta aos defensores do aborto, que se apegam à falaciosa tese de que a vida só começa depois que o sistema nervoso está em pleno funcionamento!
Maria era também uma mulher de fé e uma mãe cuidadosa. Nas Bodas de Caná, na Galileia (Jo 2.1-12), ela contrariou o bordão romanista “Peça à mãe que o Filho atende”, ao pedir aos que trabalhavam na festa: “Fazei tudo quanto ele [Jesus] vos disser”. A despeito de ela saber, desde o início, que Jesus era o Filho de Deus e que a sua prioridade era “tratar dos negócios do Pai”, o acompanhou de perto, em todos os momentos, desde a infância (Lc 2.48). E, por estar perto dEle, junto à cruz, ouviu uma linda palavra de afeição (Jo 19.25-27).
Ah, se todas as mães — e sogras (risos) — fossem como Maria! Que todas olhem para a sua vida e aprendam a amar ao Senhor acima de todas as coisas e a cuidarem bem de suas famílias!
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