Dicas para uma Carreira Artística Saudável
O Observatório Cristão tem se tornado um guia prático para artistas iniciantes e mesmo nem tão novatos assim, mas que buscam dar um upgrade em suas carreiras dentro das novas tendências do mainstream. Recentemente tivemos a oportunidade de participar de um mega evento voltado para o mercado religioso no país e naquela oportunidade, pude conversar com muitas pessoas a respeito das tendências do mercado fonográfico, sobre as novidades tecnológicas, os avanços da mídia digital, o futuro da mídia física e entre tantos assuntos, um que obteve mais destaque e se tornou bastante recorrente foi “o que devo priorizar para fazer em minha carreira?”
Esta mesma pergunta foi trazida até mim por várias pessoas. Em sua grande maioria, pessoas que estavam iniciando suas carreiras artísticas e que almejavam errar o mínimo possível neste projeto de estréia no segmento. Esta preocupação também se dava em função do interlocutor não ter tantos recursos financeiros e assim, não poder investir somas elevadas de dinheiro para alcançar seus objetivos.
Então, aproveitando um vôo longo entre São Paulo e Recife, optei por reservar esse tempo precioso para tentar traçar um mapa para se alcançar os melhores resultados com os menores riscos. Como, por mais que eu queira ser didático, em função do tempo disponível para escrever este post, procurarei ser o mais direto possível e em outras oportunidades poderemos aprofundar mais sobre um ou outro assunto se necessário, ok?
Antes de começar: você tem talento?
O primeiro passo e, por mais óbvio que possa parecer é necessário que seja analisado criteriosamente, é que o postulante a uma carreira artística seja realmente talentoso. É notório e isto vem sendo inclusive muito comentado por meus pares na empresa onde trabalho, que no meio gospel não há espaço para “enganadores”, ou seja, em nosso meio, o artista tem que ser muito bom mesmo! Ele deve ser um músico completo, um cantor de qualidade, alguém verdadeiramente carismático. É claro que o visual sempre ajuda, mas no caso do artista gospel, não é de forma alguma fator preponderante! Portanto, antes de aventurar-se num projeto como este, procure analisar suas reais possibilidades e esteja atento às análises, críticas e percepções das pessoas.
Desta forma, crendo que você realmente é alguém talentoso e com enorme potencial, saiba que por mais genial que você seja, por mais visceral ou carismático que seja, todos nós precisamos de referenciais e de estofo cultural. Ninguém consegue inventar algo puramente e genuinamente novo sem ter se espelhado em algo que já exista. Portanto, defina quais serão suas referências e estude-as profundamente. Se o seu estilo de música preferida é o pop rock, elenque os principais representantes deste estilo, seja ele secular ou gospel e sugue tudo que puder! Assista vídeos, leia tudo a respeito, aproveite a internet para acessar o máximo de informações a respeito de suas referências.
Sendo músico instrumentista ou intérprete você deve buscar sempre ampliar o conhecimento. Invista ao máximo nos estudos, seja através de caminhos tradicionais como cursos ou conservatórios, ou pela opção web através de sites, vídeos e todo tipo de informação disponível na grande rede. Infelizmente cada vez mais temos nos deparado com mega pop artistas com problemas nas cordas vocais atribuindo a estes percalços a “setas do inimigo”. Não sou defensor deste “inimigo”, jamais! de forma alguma, mas entendo que muitas das vezes ele leva culpa por questões provocadas por nós mesmos! Se você é cantor ou cantora, mesmo com 20 anos de carreira, deve ser acompanhado por um profissional fonoaudiólogo e periodicamente fazer aulas com algum professor de canto.
Vai gravar? As músicas são boas?
Passada esta fase de preparação. Vamos à parte da produção. Em outros posts destaquei a importância do artista investir na contratação de um produtor de qualidade. Assim como não devemos submeter nossa saúde a estudantes novatos de medicina, de igual forma, não devemos entregar um projeto artístico a um produtor iniciante. E neste caso, um profissional de qualidade demanda um investimento à altura! Claro que devemos ajustar o budget ao padrão do produtor, mas ressalto que jamais deve-se cair no erro de fazer economia justamente no profissional mais importante de todo o processo.
Com a participação direta do produtor, parte-se para o momento mais crucial do projeto: a escolha do repertório. Também já comentado por aqui em outros posts, a escolha do repertório jamais deve ser feita de forma rápida e sem critério. A escolha das músicas não se trata de uma mera formalidade antes de partir para a gravação em si e os cliques fotográficos da capa e encarte do CD. Um repertório mal selecionado determinará o insucesso do projeto! Uma das frases que ouço com certa regularidade por parte de cantores é de que o “tal CD tem duas músicas muito boas!”. E aí sempre me pergunto: e o que o consumidor deve fazer com as outras 10 músicas do CD? Se em um repertório o cantor destaca apenas 2 canções, então é sinal de que ele entrou em estúdio tão logo conseguiu encontrar as primeiras 2 canções de qualidade de seu repertório. Então, repertório é coisa séria! Só dê Rec Play em sua produção quando tiver certeza de que o projeto está bem definido, com canções de qualidade.
Depois de dias de gravação, parte-se para a mixagem e masterização. Fases também extremanente importantes e que devem ser analisadas com muita atenção por parte do artista e produtor. Temos alguns textos postados aqui no Observatório sobre este tema e indico que posteriormente você os leia também.
Contrate um designer profissional
Em paralelo ou após o processo de estúdio, o artista passa para a fase crítica de fotografia, elaboração do conceito de capa, design e projeto gráfico do CD. Nesta hora também é importante buscar-se por referências e a web é um ambiente excelente para pesquisas. Abuse dos recursos tecnológicos para buscar referências para seu projeto gráfico e discuta com um profissional (atenção para esta palavra: profissional!) de design sobre quais caminhos seguir. Uma dica importante para a capa do CD é que não devemos nunca analisar o produto de forma isolada. Um teste importante a ser feito é colocar o projeto ao lado de diversas outras capas já lançadas no mercado, afinal este produto irá “brigar” pela atenção dos consumidores nas gôndolas e prateleiras nos pontos de venda. De qualquer forma, faça o máximo de enquetes com públicos distintos para que assim, você possa ter uma melhor opinião sobre qual o melhor projeto a se seguir.
Um passo de cada vez
Falando de carreira, o artista deve focar inicialmente no seu microcosmos. Não adianta querer “estourar” em São Paulo, se você ainda não é sequer conhecido em sua região de origem. O trabalho deve sempre partir do pequeno ambiente para o maior ambiente. Esta é uma ordem natural e praticamente imutável em se tratando de fenômenos artísticos. Também sugiro que você leia um post recente tratando da ansiedade, algo que deve ser dominado sempre!
“Escute esta canção, que é pra tocar no rádio…”
Abordando agora sobre os investimentos na segunda fase (a primeira foi toda esta preparação até o lançamento do projeto), tenha em mente que a principal mídia para o produto música trata-se de rádio. Entre uma página de anúncio numa mídia impressa e a execução da música numa rádio, prefira sempre a segunda. Se eu tratasse de um produto de literatura, a mídia indicada seria justamente a mídia impressa e jamais a mídia radiofônica. Cada produto tem um ambiente propício e a música adequa-se prioritariamente ao ambiente rádio. Com o advento da internet, diversas ferramentas estão surgindo e sendo disponibilizadas no meio para popularizar projetos artísticos.
De forma bem direta e seguindo o conselho anterior de crescimento a partir do microcosmos, faça um cadastro completo das rádios evangélicas de sua cidade e região. Mantenha contato permanente com os programadores e equipe destas emissoras, se possível, invista financeiramente nestas emissoras. Com os primeiros resultados surgindo, comece a expandir suas ações através da internet.
O Observatório Cristão tem se tornado um guia prático para artistas iniciantes e mesmo nem tão novatos assim, mas que buscam dar um upgrade em suas carreiras dentro das novas tendências do mainstream. Recentemente tivemos a oportunidade de participar de um mega evento voltado para o mercado religioso no país e naquela oportunidade, pude conversar com muitas pessoas a respeito das tendências do mercado fonográfico, sobre as novidades tecnológicas, os avanços da mídia digital, o futuro da mídia física e entre tantos assuntos, um que obteve mais destaque e se tornou bastante recorrente foi “o que devo priorizar para fazer em minha carreira?”
Esta mesma pergunta foi trazida até mim por várias pessoas. Em sua grande maioria, pessoas que estavam iniciando suas carreiras artísticas e que almejavam errar o mínimo possível neste projeto de estréia no segmento. Esta preocupação também se dava em função do interlocutor não ter tantos recursos financeiros e assim, não poder investir somas elevadas de dinheiro para alcançar seus objetivos.
Então, aproveitando um vôo longo entre São Paulo e Recife, optei por reservar esse tempo precioso para tentar traçar um mapa para se alcançar os melhores resultados com os menores riscos. Como, por mais que eu queira ser didático, em função do tempo disponível para escrever este post, procurarei ser o mais direto possível e em outras oportunidades poderemos aprofundar mais sobre um ou outro assunto se necessário, ok?
Antes de começar: você tem talento?
O primeiro passo e, por mais óbvio que possa parecer é necessário que seja analisado criteriosamente, é que o postulante a uma carreira artística seja realmente talentoso. É notório e isto vem sendo inclusive muito comentado por meus pares na empresa onde trabalho, que no meio gospel não há espaço para “enganadores”, ou seja, em nosso meio, o artista tem que ser muito bom mesmo! Ele deve ser um músico completo, um cantor de qualidade, alguém verdadeiramente carismático. É claro que o visual sempre ajuda, mas no caso do artista gospel, não é de forma alguma fator preponderante! Portanto, antes de aventurar-se num projeto como este, procure analisar suas reais possibilidades e esteja atento às análises, críticas e percepções das pessoas.
Desta forma, crendo que você realmente é alguém talentoso e com enorme potencial, saiba que por mais genial que você seja, por mais visceral ou carismático que seja, todos nós precisamos de referenciais e de estofo cultural. Ninguém consegue inventar algo puramente e genuinamente novo sem ter se espelhado em algo que já exista. Portanto, defina quais serão suas referências e estude-as profundamente. Se o seu estilo de música preferida é o pop rock, elenque os principais representantes deste estilo, seja ele secular ou gospel e sugue tudo que puder! Assista vídeos, leia tudo a respeito, aproveite a internet para acessar o máximo de informações a respeito de suas referências.
Sendo músico instrumentista ou intérprete você deve buscar sempre ampliar o conhecimento. Invista ao máximo nos estudos, seja através de caminhos tradicionais como cursos ou conservatórios, ou pela opção web através de sites, vídeos e todo tipo de informação disponível na grande rede. Infelizmente cada vez mais temos nos deparado com mega pop artistas com problemas nas cordas vocais atribuindo a estes percalços a “setas do inimigo”. Não sou defensor deste “inimigo”, jamais! de forma alguma, mas entendo que muitas das vezes ele leva culpa por questões provocadas por nós mesmos! Se você é cantor ou cantora, mesmo com 20 anos de carreira, deve ser acompanhado por um profissional fonoaudiólogo e periodicamente fazer aulas com algum professor de canto.
Vai gravar? As músicas são boas?
Passada esta fase de preparação. Vamos à parte da produção. Em outros posts destaquei a importância do artista investir na contratação de um produtor de qualidade. Assim como não devemos submeter nossa saúde a estudantes novatos de medicina, de igual forma, não devemos entregar um projeto artístico a um produtor iniciante. E neste caso, um profissional de qualidade demanda um investimento à altura! Claro que devemos ajustar o budget ao padrão do produtor, mas ressalto que jamais deve-se cair no erro de fazer economia justamente no profissional mais importante de todo o processo.
Com a participação direta do produtor, parte-se para o momento mais crucial do projeto: a escolha do repertório. Também já comentado por aqui em outros posts, a escolha do repertório jamais deve ser feita de forma rápida e sem critério. A escolha das músicas não se trata de uma mera formalidade antes de partir para a gravação em si e os cliques fotográficos da capa e encarte do CD. Um repertório mal selecionado determinará o insucesso do projeto! Uma das frases que ouço com certa regularidade por parte de cantores é de que o “tal CD tem duas músicas muito boas!”. E aí sempre me pergunto: e o que o consumidor deve fazer com as outras 10 músicas do CD? Se em um repertório o cantor destaca apenas 2 canções, então é sinal de que ele entrou em estúdio tão logo conseguiu encontrar as primeiras 2 canções de qualidade de seu repertório. Então, repertório é coisa séria! Só dê Rec Play em sua produção quando tiver certeza de que o projeto está bem definido, com canções de qualidade.
Depois de dias de gravação, parte-se para a mixagem e masterização. Fases também extremanente importantes e que devem ser analisadas com muita atenção por parte do artista e produtor. Temos alguns textos postados aqui no Observatório sobre este tema e indico que posteriormente você os leia também.
Contrate um designer profissional
Em paralelo ou após o processo de estúdio, o artista passa para a fase crítica de fotografia, elaboração do conceito de capa, design e projeto gráfico do CD. Nesta hora também é importante buscar-se por referências e a web é um ambiente excelente para pesquisas. Abuse dos recursos tecnológicos para buscar referências para seu projeto gráfico e discuta com um profissional (atenção para esta palavra: profissional!) de design sobre quais caminhos seguir. Uma dica importante para a capa do CD é que não devemos nunca analisar o produto de forma isolada. Um teste importante a ser feito é colocar o projeto ao lado de diversas outras capas já lançadas no mercado, afinal este produto irá “brigar” pela atenção dos consumidores nas gôndolas e prateleiras nos pontos de venda. De qualquer forma, faça o máximo de enquetes com públicos distintos para que assim, você possa ter uma melhor opinião sobre qual o melhor projeto a se seguir.
Um passo de cada vez
Falando de carreira, o artista deve focar inicialmente no seu microcosmos. Não adianta querer “estourar” em São Paulo, se você ainda não é sequer conhecido em sua região de origem. O trabalho deve sempre partir do pequeno ambiente para o maior ambiente. Esta é uma ordem natural e praticamente imutável em se tratando de fenômenos artísticos. Também sugiro que você leia um post recente tratando da ansiedade, algo que deve ser dominado sempre!
“Escute esta canção, que é pra tocar no rádio…”
Abordando agora sobre os investimentos na segunda fase (a primeira foi toda esta preparação até o lançamento do projeto), tenha em mente que a principal mídia para o produto música trata-se de rádio. Entre uma página de anúncio numa mídia impressa e a execução da música numa rádio, prefira sempre a segunda. Se eu tratasse de um produto de literatura, a mídia indicada seria justamente a mídia impressa e jamais a mídia radiofônica. Cada produto tem um ambiente propício e a música adequa-se prioritariamente ao ambiente rádio. Com o advento da internet, diversas ferramentas estão surgindo e sendo disponibilizadas no meio para popularizar projetos artísticos.
De forma bem direta e seguindo o conselho anterior de crescimento a partir do microcosmos, faça um cadastro completo das rádios evangélicas de sua cidade e região. Mantenha contato permanente com os programadores e equipe destas emissoras, se possível, invista financeiramente nestas emissoras. Com os primeiros resultados surgindo, comece a expandir suas ações através da internet.
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